Hoje, dia 1 de Outubro, celebra-se o Dia Internacional do Idoso uma iniciativa das Nações Unidas, que procura sensibilizar a comunidade para uma realidade em crescimento como é o envelhecimento continuado das sociedades. Mais numas, do que noutras, mas em que, no seu conjunto, existe um alerta para a necessidade de prestar cuidados diferenciados e profissionais aos idosos que deles necessitam.

Existem 600 milhões de pessoas com mais de 60 anos no mundo. No caso de Portugal, e em comparação com o conjunto dos países da União Europeia, somos o país com a maior proporção de pessoas idosas no conjunto da população. Temos 24 % de idosos. Isto é, que têm 65 e mais anos.

Outro dado importante, segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE) para o caso português: em 2023, tínhamos 188,1 idosos, por cada 100 jovens, valor que tem tendência a crescer, com todos os impactos associados.

De forma simples, podemos agregar os idosos em dois grandes grupos: os que, apesar de incluídos no grupo dos idosos, continuam saudáveis e envolvidos em diferentes actividades (não esqueçamos que muitos trabalham e são parte activa do voluntariado, entre outras actividades) e o grupo daqueles que tem condições de saúde precárias, com as respostas dos diferentes meios de assistência a estarem muitas vezes longe do desejável.

No nosso país, multiplicam-se iniciativas para apoio ao grupo daqueles que já estão dependentes do apoio de terceiros: umas são respostas mais institucionalizadas, como o apoio domiciliário, os centros de dia ou os lares; noutros casos, temos os cuidadores informais, muitas vezes, os próprios familiares.

Em ambas as realidades – respostas institucionalizadas ou informais -, o conhecimento associado aos cuidados de higiene, aos primeiros socorros, à identificação de várias patologias ou à componente emocional, tantas vezes decisiva, são insuficientes por parte daqueles que os praticam.

Neste sentido, cada vez mais entidades do sistema de formação profissional, vem dedicando mais atenção à preparação dos diferentes cuidadores, no sentido de disponibilizarem conteúdos, que transmitam conhecimentos técnicos ajustados e necessários às diferentes funções.

O CIT, está também envolvido nesta realidade. Todos temos idosos nas nossas famílias e todos seremos idosos. É, por isso necessário, que, quem se dedica a ser cuidador, faça a aprendizagem dos aspectos essenciais à prestação dos primeiros cuidados a este grupo populacional, quando em situação vulnerável.